A transfusão ocorre praticamente da mesma forma que é feita com os humanos, isto é, há a presença de um doador, no caso, outro cachorro. O pet saudável cede o seu sangue, que fica armazenado em uma bolsa e depois é transfundido para aquele que necessita.
Durante o recebimento do sangue, uma equipe experiente avalia o paciente realizando um monitoramento para checagem da frequência cardíaca e também respiratória. É crucial interromper a transfusão ao sinal de qualquer reação.
As tipagens sanguíneas são enumeradas pela sigla DEA (antígeno eritrocitário canino).
A partir daí, a equipe de médicos-veterinários ficará atenta para observar qualquer sinal de incompatibilidade ou reação indesejada.
Embora os primeiros estudos sobre o assunto tenham sido feitos em 1910, até hoje não se sabe ao certo de que forma o sistema funciona, e novos tipos sanguíneos continuam sendo descobertos entre os cachorros.
O que se sabe é que são sete tipos principais, podendo haver cãezinhos da mesma raça com tipos diferentes de sangue e haver tipos iguais entre raças distintas. Os tipos, porém, podem se combinar, o que significa que, entre outras peculiaridades, os cães podem ter uma mistura de tipos sanguíneos.
Por tudo isso, na hora de armazenar as bolsas, tão importante quanto o teste de compatibilidade, é a separação dos componentes sanguíneos em concentrado de hemácias, de plaquetas, em plasma fresco congelado ou em crioprecipitado.
Apesar de não ser feito por todo banco de sangue pet, o procedimento contribui para que o cão receptor obtenha exatamente o que precisa, reduzindo os riscos de reações adversas nas transfusões.
Já os gatos têm três tipos sanguíneos: A, B e AB. No Brasil, a maioria é do tipo A, mas, para os felinos, a tipagem do sangue do receptor e do doador é importante para evitar reações fatais e pode ser feita de forma bastante rápida.